sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A Paz Verde x Os Pastores do Mar

Todos já ouviram falar do Greenpeace, uma ONG fundada no início dos anos ‘70 no Canadá. Seu nome significa “Paz Verde”, porque ela busca proteger o meio ambiente através de protestos pacíficos.

Ela surgiu pela iniciativa de três pessoas: Robert Hunter, que foi membro a vida inteira, até a sua morte em 2005; Patrick Moore, que ficou por 15 anos no Greenpeace e, em 1981 fundou o Greenspirit; e Paul Watson, que saiu ainda em 1977 por divergências com a direção do grupo e fundou, no mesmo ano, o Sea Shepherd, que significa Pastor do Mar.

Watson pensou que apenas protestar não era o suficiente comparado aos danos que a natureza estava sofrendo. O Sea Shepherd opera uma frota de três barcos, nomeada Neptune’s Navy. Seus barcos são o RV Farley Mowat, o MV Steve Irwin, e o RV Sirenian. Um pouco mais radical, a organização afirma já ter afundado dez baleeiros que violaram as leis internacionais. Antes do ataque, o navio infrator, considerado pela organização como “pirata”, é avisado.

Apesar dos objetivos parecidos, os Grupos Verdes não estão de acordo. O Greenpeace afirma não ter nenhuma ligação com o Sea Shepherd. Ano passado, o navio Steve Irwin atentou contra o barco japonês Nisshin Maru, mas embora os japoneses tenham acusado Watson de ser um “eco-terrorista”, foi provado que ninguém sofreu lesões.

Ambas organizações lutam contra os baleeiros, mas com objetivos diferentes. “Nós não estamos aqui para protestar”, afirma Watson. “Nós estamos aqui para pará-los”. Já Sara Holden, do Greenpeace, afirma que seus ideais são pacifistas. “Nós não vamos comprometer nossos ideais para ajudar quem disse que vai usar a violência. Nós estamos aqui para salvar baleias, não para por em risco a vida de baleeiros”, afirma.

"Fazemos nosso trabalho para salvar vidas de animais marinhos", explica Daniel Vairo, diretor geral voluntário do Sea Shepher Brasil. "Qual a forma mais eficiente de fazer isso, pendiruando banners e 'educando' pessoas que nunca matarão animais marinhos ou agindo na fonte e tirando de cena as armas utilizadas para matarem os animais? Optamos por 'educar' os baleeiros, pescadores ilegais e ter um efeito concreto no número de vidas de animais salvas". E conclui dizendo que "os violentos e agressores são aqueles que estão quebrando as leis e matando animais".